Marcos Antonio Leite Junior

DITADURA, FEMINILIDADES E MASCULINIDADES EM FAZENDA MODELO DE CHICO BUARQUE

 

Marcos Antonio Leite Junior

 

Bois e vacas são as personagens centrais de ‘Fazenda Modelo’, livro escrito por Chico Buarque. Por meio dos animais, a alegoria provoca ao leitor e à leitora uma série de reflexões sobre o cenário ditatorial. Publicado na década de 1970, Buarque denuncia a repressão, a censura, o forte discurso de progresso e as desigualdades sociais. Objetiva-se aqui evidenciar as tentativas de silenciamento dos corpos e levantar a reflexão: até que ponto as pulsões, desejos e subjetividades foram controladas, e obtiveram sucesso mediante as formas de ser e de se relacionar com o/a outro/a na comunidade vacum.

 

A alegoria permite investigar a realidade social em que o autor estava inserido. O propósito não é comparar quais fatos ocorreram no Brasil, ou encontrar algum grau de veracidade dentro da ficção, e sim o oposto, ingressar no universo de 'Fazenda Modelo', o compreendendo dentro de sua própria composição literária.

 

Feminilidades em Fazenda Modelo

 

Diversas figuras femininas são representadas em ‘Fazenda Modelo', e a seguir analisarei algumas delas. O sexto capítulo do livro retrata Aurora, uma vaca de linhagem pura. Alguns dos fragmentos de seu diário, possibilita conhecê-la melhor. Em sua primeira menção, 1° de abril, Aurora narra seu reencontro com Abá:

 

"Até que enfim Abá, empatado numa rampa de tábuas que eu nunca vi. O ardor do momento não me deu tempo de criticar a posição. Invenção de Juvenal, diz que para aliviar o peso de Abá em cima de mim. Juvenal é muito ponderado. Só desconhece o prazer que é padecer aquelas arrobas no dorso. Não calcula quanto eu desejava ser tão bem maltratada de novo, na roça sem programação, sem rampa, sem vergonha. De novo. Me machuca, filho, me dói, seu desgraçado, me xinga a sua rameira. Como naquele tempo, anjo, que você me enganava com aquelas vacas, eu sei. Acabava voltando, o tarado, com as unhas enormes da mão direita que você não aprende a cortar. Eu lavava as cuecas dele, as porcas lembranças." (BUARQUE, 2020, p. 35-36). 

 

Em um primeiro momento, as lembranças são de cunho sexual. Por intermédio do fragmento, vemos que, apesar das mudanças propostas por Juvenal, em sua mente, seus desejos não foram inibidos. Além disso, nota-se a possível quebra de um contrato de relacionamento por parte de Abá. Aurora cita que Abá a enganava com outras vacas, porém, sempre retornava. Este retorno marca uma dependência pela figura feminina. No diário, ela coloca que Abá não aprendeu a cortar as unhas da mão direita, certamente, por falta de prática, atribuindo a higiene íntima, lavagem das roupas e outras tarefas como responsabilidade de sua companheira. Este cenário de dependência masculina é semelhante ao círculo de violência que se desencadeia em diversas relações:

 

"La dependencia que tienen los hombres del poder diádico de las mujeres lleva a que la violencia contra ellas se incardine en un proceso circular en el que toda situación de agresión viene seguida de manifestaciones de amor y dependencia masculina. Rueda que poco  a poco se va estrechando hasta convertirse en un punto en el que se instala la violencia extrema." (BENLLOCH, 2005, p. 126).

 

Em outra anotação, Aurora menciona seus cuidados com a aparência. “É engolindo os problemas domésticos que vou, como todas as vacas, ao cabeleireiro, à ginástica sueca, à massagem anticelulite, à análise de grupo e tobogã” (BUARQUE, 2020, p. 39). A necessidade de manter certos padrões impostos ao corpo feminino, demonstra a pressão diária por uma aparência “ideal”.

 

"Nessa dimensão, o corpo apresenta-se como fator construtor de identidades e se transforma numa prisão, cujos carcereiros são a mídia, a moda, o olhar do outro e, principalmente, o próprio indivíduo, que não consegue escapar deste processo de busca do corpo perfeito. Portanto, o corpo da mulher é entendido como sinônimo do belo, sendo imposto pela sociedade e submetido à constante construção." (SANTOS et al, 2013, p.137-138).

 

Caso Aurora não seguisse os procedimentos estabelecidos pelo programa, Juvenal dizia que ela estava “[...] velha egoísta ranzinza reacionária e o assunto acaba em Fazenda Modelo. Vem dizendo que estou parada no tempo e que negar o desenvolvimento é negar a realidade, é negar o feto dentro de nós.” (BUARQUE, 2020, p. 39).  Neste trecho, nota-se diferentes partes do pensamento de Juvenal. O primeiro deles está ligado à própria organização da Fazenda: “o assunto acaba em Fazenda Modelo”, ou seja, todos os cuidados prestados aos/às seus/suas moradores/as são motivados pelo êxito, progresso e desenvolvimento da Fazenda. Neste discurso, a palavra "velha" é usada como insulto, no mesmo sentido, diz que a personagem está parada no tempo, uma vez que “negar o desenvolvimento” é, nas palavras de Juvenal, "negar a realidade”, semelhante ocorre com as pessoas, o desenvolvimento exige a rápida adequação aos novos tempos, e a não adaptação, resulta na exclusão dos/as sujeitos/as. Logo, Juvenal instaura o progresso como a única alternativa possível para eles e elas, pois em sua concepção, o hoje é o trabalho para o futuro, o qual representa o progresso, e o progresso indica sempre o melhor. Assim como no lema da bandeira brasileira: “ordem e progresso”, Juvenal estava “modelando” os corpos e garantindo o seu progresso. Seguindo a análise, podemos pensar no local da maternidade, as personagens eram, constantemente, lembradas e responsabilizadas por seus “deveres” maternos. Para Juvenal, Aurora não poderia contestar o desenvolvimento, pois negaria o feto. Em outra passagem do diário, Aurora descreve que: “A gestante não deve passar por cima de cerca de arame, pois o cordão umbilical enforcará a criança na hora do parto. Juvenal reabilitou essa crendice porque conhece meu temperamento. Sabe que às vezes tenho o ímpeto de errar por aí [...]” (BUARQUE, 2020, p. 40). A preocupação de Juvenal em reabilitar a crença se direciona ao futuro dos bebês e não às suas mães. O olhar de proteção é direcionado às futuras crianças que dentro da sociedade irão ocupar papéis centrais para o contínuo desenvolvimento da Fazenda. O discurso de proibir determinadas condutas, como passar por cima da cerca, ou a imposição de um novo estilo de vida, sugere também uma forma de manter o controle sobre a mulher, não a permitindo “errar”. 

 

A segunda personagem que vou analisar é Anna Maria, descrita no livro como Anaía. “E você não acha Anaía um nome líquido, gostoso, escorregadio na boca? Eu que fiz, olha aí: Anna Maria Anamaria Anamaía Anaía. Amo Anaía.” (BUARQUE, 2020, p. 71).

 

No enredo, conhecemos Anaía pela visão de João Adão, seu companheiro, que a descreve como doce e estando grávida. Embora João Adão demonstre afeto por sua companheira, dificilmente o/a  leitor/a conseguirá ter em sua memória outra imagem de Anaía, além do forte sofrimento do qual a personagem se encontra. O Capítulo onze inicia-se com uma série de letras que representa um grito: “Aaiiinnnnheeeggggggllllzzzzzm! Esse grito de Anaía, coitada, levava qualquer coisa de tétrico, desagradável mesmo. Nasal, grutal, animal, um coral de gritos desentoados.” (BUARQUE, 2020, p.69). Após tantas gravidezes, ela é descrita da seguinte maneira:

 

"Vocês não reparem não. Nem confundam com a Anaía habitual que sempre foi um doce, sempre deu gosto de se apresentar. Mas eis que prenhe pela oitava vez, após sete partos tranquilos, deu para sofrer assim. Também não à toa que a sua barriga, enorme barril, estava que estava que queria estourar no minuto seguinte. Como já não havia pano que cobrisse tanta barriga, a gente tinha que ficar vendo aquilo inchar. E como faltava pele para suportar tamanho volume, a minha Anaía começou a rachar, bojuda e estriada que nem concha." (BUARQUE, 2020, p. 69).

 

A passagem de Anaía é cheia de angústias e sofrimento. Além disso, pode-se notar a diferença de tratamento entre as vacas de linhagem pura e as do descampado, como Anaía. As primeiras passaram a frequentar o laboratório para descobrir se estavam grávidas e cumprir com uma série de procedimentos para garantir uma boa gestação. Anaía não recebeu o acompanhamento esperado e agonizava em casa. Com tantas aflições e ao perceber a proporção da barriga, João Adão chegou a conclusão que não poderia existir somente um feto naquela gestação, fato este que poderia ter sido constatado no início da gravidez, em uma clínica. Anaía não resiste e morre: “As crianças mudas e espantadas. Lá dentro Anaía, linda, de pedra, pálida, quero dizer falecida” (BUARQUE, 2020, p. 102). João Adão relata a possível causa da morte: "Depois veio o dr. Kernig explica o filho, qual trigêmeos nada, que era um monstro, um janicéfalo. E era quase que só uma cabeça, uma cabeça gigantesca e com duas faces, disse o doutor, faces que não podiam se encarar [...]” (BUARQUE, 2020, p. 103).

 

Já Ariadna não estava satisfeita com os rumos da comunidade, é colocada como sendo contra as coisas. Foi acusada de usar o cordão umbilical de modo equivocado. Ao invés de usá-lo para alimentação, foi responsabilizada por passar mensagens “[...] negativas, perniciosas, infecciosas, capazes de desencaminhar a criança desde feto” (BUARQUE, 2020, p. 39). Mais uma vez vemos a inteira preocupação com a formação dos/as futuros/as integrantes da fazenda, os fetos, mas nunca diretamente com elas, as (futuras) mães. Ariadna não retorna para o ônibus com as demais vacas, fica de observação. O acontecimento marca os diversos exemplos de silenciamentos de ideias contrárias, consideradas como perigosas para o meio e para os interesses de Juvenal. Quando Ariadna passou a ter uma índole que fugia do “modelo”, não poderia estar em pleno convívio com as demais colegas, e foi considerada um perigo, inclusive para o feto que carregava no ventre. 

 

As vitelas eram preparadas para ter um comportamento “exemplar”, ligados à reprodução e aos modos socialmente aceitos. Para isso viviam em um curral, todas juntas, apenas o sexo feminino, e no momento correto a procriação seria realizada conforme o planejado. No entanto, algo inesperado — para Juvenal — acontece:

 

"Certa noite, sem perceber, Latucha consentiu que Lamuca lhe acariciasse os quartos posteriores. Noutra noite de tempestade, o susto foi tamanho que Latucha se atirou nos braços de Libitina e súbito estava a lhe beijar a boca. E quando acendeu um relâmpago, deu para ver que todas as noviças estavam estrelaçadas, o estábulo todo ofegando, ofegando." (BUARQUE, 2020, p. 92).

 

As vitelas, movidas por seus desejos, começaram a se relacionar entre si. Outras orientações sexuais não estavam incluídas no cronograma de Juvenal, de forte índole religiosa. A reação foi repressiva: “Desta vez Juvenal apareceu sozinho e irreconhecível. Gritou com elas para que se cobrissem e se envergonhassem. Iguaizinhas às mães, gritava. Gritou suas vacas velhas. Gritou pecado mortal [...]” (BUARQUE, 2020, p. 92).  A partir de então, as vitelas seriam preparadas para um novo estilo de vida, isto significa, exclusivamente dedicadas aos compromissos da Fazenda. Ao constatar que estavam na puberdade, esperavam a adoção de um perfil heterossexual, outras orientações sexuais que comprometessem o desenvolvimento da comunidade, seriam repudiadas e consideradas subversivas.  

 

Masculinidades em Fazenda Modelo

 

Pensar nas figuras masculinas em ‘Fazenda Modelo’, torna-se interessante, justamente porque Chico Buarque apresenta diversos elementos que são culturalmente encontrados no “universo” masculino, quando nos referimos à masculinidade hegemônica. Para isso, deve-se compreender que a masculinidade hegemônica: 

 

"Não se assumiu normal num sentido estatístico; apenas uma minoria dos homens talvez a adote. Mas certamente ela é normativa. Ela incorpora a forma mais honrada de ser um homem, ela exige que todos os outros homens se posicionem em relação a ela e legitima ideologicamente a subordinação global das mulheres aos homens.” (CONNELL; MESSERSCHMIDT, 2013, p. 245). 

 

Na novela, muitas ações consideradas masculinas são encontradas, como no trecho “Eles não, só falam política, mulher e futebol [...]” (BUARQUE, 2020, p. 70). Em diferentes espaços, identifica-se um modelo de ser homem, inalcançável, pois esse modelo hegemônico impede que homens tenham sentimentos, lidem com suas dores e aflições abertamente. Deste modo, homens são cobrados desde muito jovens para provar sua masculinidade, ter um corpo viril e poucos sentimentos.

 

"Neste universo, enquanto as mulheres se sentem insatisfeitas com as regiões do corpo que lhes parecem ‘grandes demais’, os homens se preocupam com as partes do seu corpo que eles acreditam ser ‘pequenas demais’. Esta ‘dominação masculina’, como Bourdieu descreve, obriga os homens a serem fortes, potentes e viris. Na visão do autor, os homens sacrificam aspectos importantes de suas vidas para se exercitarem de forma compulsiva nas academias, ocupando horas do seu dia em busca de um modelo de corpo caracterizado pela musculatura saliente e definida." (SANTOS et al, 2013, p. 138).

 

Algumas representações masculinas são descritas no livro. Iniciarei por Abá, representado como o procriador da fazenda, que também possui relatos no diário. Na realidade, retomarei a cena do reencontro entre Abá e Aurora, mas agora pela perspectiva dele.

 

"Juvenal me explicava o tal do tronco, uma espécie de pedestal onde eu deveria apoiar as dianteiras na hora do coito. Uma cópula mais científica, explicava Juvenal. Mas quando vi entrar Aurora, pisquei vi entrar, pisquei vi entrar, pisquei vi Aurora, me belisquei e achei que era o dia da mentira. Nem justifiquei a minha posição, minha solenidade, meu pedestal. Quando vi aquela mulher que era uma catedral, mergulhei de cabeça em sua vagina gótica. Amei-a e amassei-a feito um condenado, sendo ela minha viúva. Dobrei e desdobrei Aurora em sessenta e quatro poses diferentes. Perdi a conta das pernas que tínhamos, quantas línguas, quantos delírios, quantas vezes morremos e que horas são. Nem vi por que porta ela saiu e entraram outras e mais outras e mais outras que eu adorei devotando as colunas de Aurora, no que se chama união de amor transferido." (BUARQUE, 2020, p. 32).

 

Com os planos de progresso propostos por Juvenal, as relações sexuais estavam diretamente ligadas à procriação. Alguns métodos são testados para melhor atender aos interesses de exportação de esperma. No processo, a masculinidade de Abá estava sendo questionada: “Alguém chegou a insinuar que a imagem da Fazenda modelo estava sendo denegrida no exterior. Certamente interesses escusos chegavam a colocar em questão a nossa virilidade.” (BUARQUE, 2020, p. 51). O quarto processo, a eletroejaculação, foi bem sucedida, e assim, Abá honrou a Fazenda. “Juvenal cutucava o herói. Foi-se o tempo de vizinho achar graça de nós.” (BUARQUE, 2020, p. 51). Abá, ao obter êxito no procedimento, conquistou a fama de herói, agora ninguém zombaria de sua imagem. A reconquista de sua virilidade, trouxe reconhecimento, sucesso e lucro para a Fazenda. Por meio disso, Abá ocupou um lugar de prestígio na mídia e na Fazenda. As vacas não receberam o mesmo reconhecimento, e Aurora se queixa em seu diário: “Sim, pois o filho que mal fez num dia me consome um diário.” (BUARQUE, 2020, p. 41). Além do mais, Abá se isentou das responsabilidades paternas, passou a ser um exportador de esperma, e seu dever era com a Fazenda.

 

Em um episódio, após uma série de indagações e questionamentos a respeito do desaparecimento de seus/suas filhos/as e da realidade social da Fazenda, Juvenal mudou o trajeto, e levou as vacas para reencontrar Abá. Lá, elas não acreditavam nas mudanças de Abá, que agora chamava-se Incitatus. Na ocasião, ele pergunta a Aurora como estão Lubino e Latucha, seu filho e sua filha; o reencontro, demonstra que Abá não apenas deixou de ser um pai presente e responsável, como também deixou de ser ele mesmo. Essa passagem também destaca as reivindicações feitas pelas personagens femininas, as quais não ficaram caladas e questionaram Juvenal e Abá pelas escolhas que interferiam em suas vidas e de seus/suas filhos/as. 

 

Outra representação masculina presente no livro é João Adão. Ao longo de sua narração, percebemos o orgulho que o mesmo tem em realizar o seu trabalho e manter sua família. Zombado por seus colegas de trabalho, ganha o apelido de "João-do-patrão". O comportamento disciplinar de João Adão e o seu contentamento com a realidade de grande parte da comunidade, o torna,  na concepção de outros funcionários da fábrica, um colega que não pensa nas lutas de classe. Algumas canções ilustram bem as insinuações e críticas às escolhas políticas de João Adão:

 

"Do-patrão é um bom companheiro

Do-patrão é um bom amigo batuta

Do-patrão da o c… por dinheiroooooooo

Do-patrão é um filho da p… (BUARQUE, 2020, p. 99)

 

Do patrão é um bom companheiro

Do-patrão vai bem obrigado

Do-patrão é um c… galheiroooooooo

Do-patrão é um grande v…" (BUARQUE, 2020, p. 99).

 

Contudo, notamos ações que fogem de um modelo único esperado de masculinidade, e assim, de modo equivocado, usados como xingamentos, quero dizer que, outras orientações sexuais que fogem da normatividade, são usadas para ridicularizar, ofender e colocar o/a outro/a em uma posição de inferioridade.

 

Considerações Finais

 

Procurei evidenciar outras possíveis leituras de ‘Fazenda Modelo’. Em um primeiro momento, apresentei algumas representações de feminilidades e, em seguida, de masculinidades. Dentro do sistema ditatorial do livro, podemos acompanhar a constante repressão e a tentativa de retirar as subjetividades das personagens. Para Juvenal, a Fazenda era homem, cristã, tecnológica e reprodutora. O ouro branco marcou a virilidade, masculinidade e progresso de toda a comunidade vacum, no entanto, as figuras trabalhadas aqui — e outras que não couberam no estudo — fugiam da norma estabelecida e eram oprimidas e violadas. Por outro lado, essas figuras evidenciam as diferenças entre cada um/a, e resistiram à imposição de um sistema e modo único de viver e de ser. Chico Buarque dá um bom ensinamento quanto ao destino do gado que deixa de berrar, cabe ao leitor/a ler e ir em direção contrária ao canto do boiadeiro.

 

Referências biográficas

 

Marcos Antonio Leite Junior, estudante de História pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – UFMS, campus de Nova Andradina – CPNA.

 

Referências bibliográficas

 

BENLLOCH, I, M. Construcción psicosocial de los modelos de género: subjetividad y nuevas formas de sexismo. in: Castillo-Martín, M; Oliveira, S. Marcadas a ferro: violência contra a mulher uma visão multidisciplinar. Brasília: Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, p. 104-134, 2005.

 

BUARQUE, Chico. Fazenda Modelo: Novela pecuária. 18ª ed. Rio de Janeiro: civilização brasileira, 2020.

 

CONNELL, R; MESSERSCHMIDT, J. W. Masculinidade hegemônica: repensando o conceito. Estudos Feministas, Florianópolis, 21(1), p. 241-282, janeiro-abril, 2013.

 

SANTOS, R. M et al. A busca pela beleza corporal na feminilidade e masculinidade. Revista brasileira de ciência e movimento, 21 (2), p. 135-142, 2013.

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